quarta-feira, 29 de novembro de 2023

A VIOLÊNCIA ESTÁ NO PROJETO CAPITALISMO - a voz da experiência de um militante do Movimento das Comunidades Populares (MCP), José Bezerra de Araújo, morador de Manguinhos, RJ.

 


“A gente vive um modelo falso de sociedade no qual, até essa palavra, sociedade, é uma mentira. No sistema que a gente vive tudo é feito para controlar o povo com mentiras. Mentiras que existem para as pessoas não verem as causas dos problemas. As pessoas só conseguem ver as consequências dos problemas que vivemos. A situação é muito complexa. O modelo econômico é esse que está aí mesmo. No projeto capitalista está a violência. A violência é a forma de manter as pessoas acuadas sem capacidade de reagir, incapaz de fazer alguma coisa. Isso aí está no projeto capitalista. Então, todos que entram para administrar por meio de eleições, é, para administrar isso. As eleições são uma farsa sobre a democracia no Brasil. Nunca existiu democracia no Brasil. Todas as pessoas que assumem a administração pública até falam nesse assunto antes da eleição, mas depois que chegam lá, trabalham nesse projeto capitalista. Então, esse projeto capitalista, é, cada vez mais, arrochar um pouquinho mais, e, a violência é uma forma de diminuir essa população sobrante, a qual o sistema não está mais precisando. Quanto mais enfraquecer essas classes, melhor para o controle. Diante de tudo isso, é muito importante termos os pés no chão, e, se quiser fazer alguma coisa, é um trabalho a longo prazo. Eu não vejo solução a curto prazo. Esse tem de ser um projeto a longo prazo, que é preciso ir para as bases. Semana passada teve um economista do IPEA aqui (Carlos Ocké), Ele foi muito claro. Ele disse que só a sociedade pode dar jeito nessa situação que a gente atravessa. Estou com os pés no chão para trabalhar. Estou com 70 anos, não sei por quanto mais tempo eu vou viver, mas enquanto eu respirar, eu vou está trabalhando para isso aí. Eu sei que e difícil, mas mais difícil ainda é não fazer nada.” 

Palavras de José Bezerra de Araújo, Conselheiro do CGI e militante do   MCP Manguinhos, na ENSP/Fiocruz, na reunião preparatória da oficina "Território, violências e cidadania” do grupo de trabalho da Fiocruz, construindo diretrizes para definição de uma política desta instituição para tratar das relações entre saúde e os diferentes tipos de violências que afetam a vida no Brasil. Mais um pouco da voz do Bezerra em https://www.youtube.com/user/enspcci

Entrevista ao Instituto de Estudos Libertários

  


segunda-feira, 27 de novembro de 2023

PASSAGEM SUBTERRÂNEA ESTAÇÃO DO METRÔ FLAMENGO/MORRO AZUL: DO DESCASO DO METRÔ RJ À INDIFERENÇA DA POPULAÇÃO

     Atualmente esta passagem é desprezada tanto pela Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro, que tendo responsabilidade administrativa sobre a área da antiga estação Morro Azul e atual Flamengo, talvez por discriminação social, não dá o tratamento adequado, ao contrário: por muitas vezes, arbitrariamente a mantém fechada, assim como também, significativo número de moradores da favela, que, talvez deixaria de arriscar suas vidas atravessando por cima pela Rua Paulo Sexto, se acontecesse uma tragédia. Isso já aconteceu, mas caiu em total esquecimento: foi o caso do Sr. Marinho que costumava sempre usar esse subterrâneo, até que o Metrô alegando segurança o fechou em 2003 e construiu uma tosca escada ao lado. Foi aí que o Sr. Marinho, ao atravessar a avenida sofreu uns arranhões de um veículo que o acertou. Foi parar no pronto-socorro, mas após esse incidente, adoeceu, vindo a falecer pouco tempo depois. Imagina-se que tudo isso veio a acontecer como decorrência do fechamento da passagem subterrânea. Na época o Sr. Marinho já era idoso. Eu o conheci, e, lembro de ter sido muitas as vezes que encontrava com ele passando com segurança pelo subterrâneo, e na caminhada até à estação do Metrô dava tempo para um bom papo. Mas isso são água passadas que não movem moinhos. O certo foi que, anos depois, quando se resolveu reabrir de má vontade a passagem subterrânea, infelizmente grande maioria dos passantes já estava condicionada a atravessar a rua em cima. Daí, com frequência, a administração da estação, sem explicar por qual motivo, não abre a passagem, assim colocando em risco principalmente as vidas das pessoas que ainda passam por alí. 

sexta-feira, 26 de junho de 2020

UM VÍRUS VEM LOUCO (fazendo revolução)



UM VÍRUS VEM LOUCO
de Ubirajara Rodrigues da Silva

OI, GENTE, O PLANETA TERRA ESTÁ PENSANDO NOS JARDINS QUE DEIXAMOS DE PLANTAR
SALGAMOS COM LÁGRIMAS TANTA BELEZA
SUFOCAMOS SEM PENA COM VÉU MORTAL A NATUREZA DE DEUS, DE TANTOS EUS
COISA QUE ESTÁ SENDO DESTRUÍDA COM ENORME INSENSATEZ, DA RAZÃO

VEM, VAMOS OLHAR PROFUNDO NOS OLHOS
ENTRELAÇANDO NOSSA ENERGIA
VEM, NA SONORIDADE DO AMOR
QUE QUER CANTAR, QUE QUER DANÇAR NA LEVEZA DO SER
BELEZA NATURAL, LIBERDADE É LEMA NA CABEÇA DA GENTE DE PAZ

VEM, VAMOS TRANSFORMAR O ÓDIO
DESCARREGAR A DOR
COLOCAR A VIDA NO PÓDIO
INSPIRANDO QUEM SOFREU E CAIU A LEVANTAR E LUTAR FEITO LUZ
QUE QUER CANTAR, QUE QUER DANÇAR NA LEVEZA DO SER
BELEZA NATURAL, LIBERDADE É LEMA NA CABEÇA DA GENTE DE PAZ

OI, GENTE, ESTÁ ROLANDO AGORA O TEMPO DO “NOVO NORMAL” (NUEVO ORDEN MONDIAL)
PRA TODO MUNDO EQUALIZAR OS CORAÇÕES
EVOLUIR
É ALGO CHAMANDO ATENÇÃO PRO VALOR DO AMOR
SABE QUEM É?
É UM NOVO VÍRUS QUE VEM LOUCO FAZENDO REVOLUÇÃO

sábado, 18 de janeiro de 2020

NACIONAL”ISMO” OU/E PATRIOT"ISMO” EIS A CONTROVÉRSIA.


*Ubirajara Rodrigues 

Estamos vivendo momentos confusos de formação de identidade nacional aparentemente crucial no processar histórico brasileiro. São escândalos republicanos sucessivamente acontecendo, e, o mais perigoso nessa transição forçada pelas circunstâncias (como o é o caso brasileiro); são as articulações engendradas pelos aproveitadores investidos de poder se arvorarem em apressar golpes sutis de cunho ideológico na tentativa de aprofundar tendências políticas afeitas a manter o país dividido em opiniões que contradizem a diversidade democrática numa sociedade plural tal qual o é a nação brasileira, mesmo já tendo passado muito sufoco na sua História, que vem sendo construída sob a égide do suor e sangue. Chegou-se ao ponto de levarem a opinião pública a inteira confusão inepta, de comparar estágios históricos passados, sob circunstâncias existenciais totalmente diferentes com fatos recentes de nossa história. Ora, por mais que a História do Brasil seja uma continuidade das histórias da Europa e da África, evidentemente, nessa movimentação ocupamos um espaço nacional geográfico no mundo, sobre o qual exercemos direta e indiretamente o nosso patriotismo. Deste modo, somos nacionalistas ao reconhecermos nossa brasilidade somada com toda sua diversidade sócio/econômico/étnico/cultural, guardando os seus matizes que nos fortalece perante ao mundo, enquanto povo formador de identidade plural: uma nação multiétnica sobre o solo pátrio brasileiro. Somos um conceito sui generis de formação nacional profundamente diferente das nações europeias, africanas, asiáticas, porque na atualidade brasileira se caminha tomando consciência da importância do potencial regional para o desenvolvimento local e sustentável eivado de sentimento nacional e pátrio como qualquer outro povo identificado com os seus ideais, suas bandeiras, suas capacidades; os Estados Unidos é assim, o Canadá é assim, a China é assim, o Japão é assim, a Inglaterra é assim, a Rússia é assim, a Finlândia, Angola, África do Sul, esses e tantos outros países são assim. Não nos deixemos levar pela onda de interesses escusos soltos por aí. Foquemos nas nossas ações territorializadas, em conexão universal pela sociabilidade e bem comum, e, na medida do possível evitemos os controvertidos “ismos” para não retardarmos ainda mais o nosso processo evolutivo nacional brasileiro. 

*Ubirajara Rodrigues é artista plástico, prof. de arte e cultura, historiador

Colabore para o Ubirajara fortalecer suas atividades culturais e sociais adquirindo seus escritos: ebook O Poder Místico de Anastácia e Copa do Outro Mundo.

Acesse Agência Carioca para o Desenvolvimento Local-ACDLBosque Ecológico Nossa Senhora de Lourdes, Morro AzulCasa de AnastáciaIBRAPEM- Instituto Brasileiro de Pesquisas Monárquicas, Consciência Biófila Multiversal-IBMult, Somos Morro Azul

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

QUEM GANHA COM O RIO DE JANEIRO?

   

   Ao ler sobre a Cidade do Rio de Janeiro, quem não a conhece fica maravilhado: Esta cidade foi capital do Brasil de 1621 até 1960, quando a sede do governo mudou para Brasília. Depois, o Rio virou a riquíssima cidade-estado Guanabara que por não ter município criou as regiões administrativas, formadas pelos atuais bairros, cidade, que com a fusão em 1975, diluiu-se no estado do Rio de Janeiro, permanecendo esse nome somente na baia que os tupinambás outrora assim a denominava. O Rio é a segunda maior metrópole do Brasil (depois de São Paulo), é a sexta maior da América e a trigésima quinta do mundo. É um dos principais centros econômicos, culturais e financeiros do país, representando o segundo maior PIB do país (e o 30º maior do mundo), abriga a sede das duas maiores empresas brasileiras - a Petrobras e a Vale - além de ter o maior conglomerado de empresas de mídia e comunicações da América Latina é o segundo maior polo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil. O Rio é a cidade de maior destino turístico internacional no Brasil, da América Latina e de todo o Hemisfério Sul, é a cidade brasileira mais conhecida no exterior, e, que parte dela foi designada Patrimônio Cultural da Humanidade, e, considerada uma cidade global beta - pelo inventário de 2008 da Universidade de Loughborough (GaWC). Em de janeiro de 2019 foi eleita pela UNESCO como a primeira Capital Mundial da Arquitetura... Mas infelizmente esse maravilhamento, parece está bem longe de ser sentido por muita gente que nesta cidade reside com consciência social. Isto porque todo o benefício oriundo desse maravilhamento somente atinge uma minoria insignificante da população espalhada pelas Zonas Central com 17 bairros, Sul 17 bairros, Norte com 87 bairros e Oeste com 127 bairros. Mesmo quando se fala que as regiões mais beneficiadas são as de alto IDH-Índice de Desenvolvimento Humano, esquecem os bairros populares, as favelas, áreas relegadas a baixíssimo IDH, onde moradores talentosos e desempregados, sofrem como vítimas dos desmandos de sucessivos governos descompromissados com o Desenvolvimento Local e Integrado (DLIS). Mesmo nos bairros mais famosos, como Flamengo, Botafogo, Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon, a indústria do turismo é bem mais frequente na orla marítima, beneficiando a rede hoteleira e ao comércio gerido por poucas empresas bem situadas financeiramente. Este resumo sobre está fantástica cidade, ao contrário de parecer desconectado da PLC 141/2019, leva ao entendimento de que este, embasado principalmente nos incisos segundo e quinto do Art.1º possam servir de inspiração para diminuir na sociedade carioca as discrepâncias socioeconômicas, de certo modo, coadunando com o inciso X do Art. 3º do Estatuto da Agência Carioca para o Desenvolvimento Local (ACDL), a qual aqui represento, que diz: Estimular reflexão sobre a ordenação urbana na forma prática, consciente, e, sobretudo, humana, das áreas carentes, observando as malhas de transportes públicos rodoviárias, ferroviárias e hidroviárias incidindo no comprometimento público para a melhoria da qualidade de vida. Quero dizer também, o quão urge sermos uma cidade viabilizando de fato acessibilidade para os seus talentos refletidos em ações culturais, sociais, econômicas colaborativas que surgem no vácuo da crise, cujos exemplos existem aos monte, dentre os quais, está a experiência da comunidade do MorroAzul (na qual resido), no Flamengo, que, em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em 2004 iniciou um reflorestamento, que hoje é o Bosque Ecológico Nossa Senhora de Lourdes, onde se construirá a gruta de N. S. de Lourdes. Nesse empreendimento se quer explorar o turismo social e religioso, a educação ambiental e educação em segurança alimentar, isso numa dinâmica de inclusão tendendo a transformar o Rio de Janeiro numa cidade realmente criativa.

Discurso de Ubirajara Rodrigues, proferido na audiência pública do Projeto de Lei Complementar 141/2019, realizada no Salão Nobre da Câmara do Vereadores da cidade do Rio de Janeiro, Comissão de Assuntos Urbanos, em 12/11/2019

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

MEIO MILHÃO DE PESSOAS, NOVAMENTE RECEBENDO COMO POLÍTICA PÚBLICA, O MEDO, A DOR, O DESESPERO E A COVARDIA

Por Raull Santiago

Vocês que não são de dentro do Complexo do Alemão e do Complexo da Penha, ou de favela/periferia,  não fazem ideia do terror que está aqui hoje. 
MAS VOCÊS PODEM AJUDAR A FREAR ISSO! POR FAVOR!
Há casas sendo invadidas e destruídas. Crianças sendo revistadas. Celulares tomados e conversas/privacidade sendo desrespeitadas. E pior, pessoas agredidas e muitos assassinatos, inclusive a facadas.
Não acredito que a humanidade tenha chegado a esse ponto de desumanização, ou seja tola o suficiente para acreditar que violência, algum dia, poderá construir qualquer perspectiva de paz;
Essas ações violentas chamadas de busca por "Segurança Pública" só alimentarão mais e mais o caos que temos vivido neste sociedade, enquanto cariocas, enquanto brasileiros, enquanto seres humanos.
Estou reparando que estamos gritando alto, mas quem pode intervir, se mantém em silêncio. Eu não sei o que está acontecendo com essa sociedade, ainda mais com as pessoas próximas a mim, a essas duas favelas que são o Complexo do Alemão e o Complexo da Penha. 
É triste sangrarmos nessa justificativa bizarra de "guerra às drogas", quanto todos e todas sabemos que não é atacando as favelas que se construirá solução sobre essa questão. 
Não é na favela que essas drogas nascem. E não é aqui que estão as poderosas fábricas de armas. Duas frases que já são até clichê, mas que precisam ser ditas, pois são tão óbvias, porém parece que as pessoas escolheram fingir que não entenderam... Isso é preconceito conosco. É ser menos humano, humana, com você mesmo/a.
E agora? Há corpos no chão, de todos os lados de uma batalha que já se inicia perdida. E nós, Complexo do Alemão e da Penha, mais de MEIO MILHÃO DE PESSOAS, novamente recebendo como política pública, o medo, a dor, o desespero e a covardia. 
É isso que vocês querem para essa cidade?
É isso que vocês querem para esse estado?
Jamais vou aceitar violência como solução para violência. Muito menos o sangue pelo sangue. Essa sociedade já insisti nisso fazem anos, mas as coisas só ficam piores. 
Não esqueçam:
> Gastaram milhões com a UPP. 
> Gastão bilhão com a intervenção.
Quantas escolas foram construídas?
Quantas moradias melhoradas?
Quantos esgotos a céu aberto tratados e fechados?
Quantas vezes o estado invadiu a favela com 4 mil professoras e professores? Ou com 4 mil treinadores e treinadoras de diferentes esportes? 
Começou às 4h da manhã...
Eu saindo de casa, vi a vizinha idosa saindo e avisei: o exército está entrando na favela. 
Ela já quase chorando diz: "ai meu Deus, de novo não. Você vai descer agora? Posso ir com você? Eu preciso chegar no trabalho, tomara que esteja passando ônibus, pois eu tenho que estar as 5h25 no Centro".
Ela só queria não se atrasar, para não perder o lugar onde ela tira o pouco que vira o todo do lar. Tem noção disso?
É óbvio que a pessoa tem medo. Ela poderia dizer que não ia descer, até porque lá na pista, quando saímos do beco haviam uns 20 fuzis apontados para nós. 
Mas descemos, eu e ela tremendo. Cada um tendo que fazer escolhas menos piores, ou que interfiram menos em sua vida já difícil. Ou seja, precisar chegar ao trabalho como escolha dela, mesmo que tenha que passar pelo risco iminente de tiroteio. 
Sabe porque? É que aqueles e aquelas que não vivem na favela, não sabe os significados e escolhas diversas que precisamos fazer o tempo inteiro, no cenário da sobrevivência. Ou seja, patrão não quer saber, manda embora mesmo, a tia, ou o tio que chegou atrasado ou faltou, porque a bala voou antes mesmo do galo cantar.
Hipocrisia do caralho, sabe?
Sociedade de merda, sabe?
Aquela sensação ruim de não ter muito o que fazer e pior, sentir que a maioria só observa enquanto a gente agoniza.
Parecem esperar nosso último suspiro. 
Eu não tenho medo de polícia, exército, operações e etc.
Eu tenho medo de vocês, que ficam em silêncio, quando poderiam e deveriam gritar. Ainda mais quando tem muito mais privilégios que a nossa realidade aqui da favela.
NOSSAS VIDAS IMPORTAM. E isso ninguém vai tirar da minha cabeça. 
#NósporNós  #FavelaSempre



BELEZAS ESQUECIDAS, NÃO PERCEBIDAS E DESCONHECIDAS

Por Sandra Braconnot
Não nasci, não cresci e nem vivi em uma favela. Minhas vivências se limitam a algumas situações específicas como às coberturas que fiz nos morros do Juramento - na época do Escadinha -, do Borel, Macacos, Salgueiro e outros que nem me lembro, nos tempos de Repórter Policial da Rádio Tupi. Mas não foi só a criminalidade que me levou aos morros cariocas: as tragédias também. Lembro-me de um desmoronamento ocorrido, no final dos anos 80, no dia de Natal, no Pavão e Pavãozinho. Muitos moradores morreram e eu acompanhei in locum o trabalho dos bombeiros. A expressão facial (de um horror vivo) das vítimas resgatadas permanece até hoje muito nítida em minha memória. "Subi" outras vezes para prestar "assistência espiritual aos sofredores" e distribuir um "kit-sobrevivência". Também tive outra experiência em (já) "comunidade": ministrei palestras sobre valores familiares para pais, na Escola Municipal Chácara do Céu, no alto do Morro do Borel. Namorei um Projeto Social no Turano, mas não "casei". Com esses blocos cognitivos e outros adquiridos pela mídia e a rádio povo é que cheguei à aula de hoje do curso Jornalismo em Políticas Públicas e Sociais, da Univesidade federal do Rio de Janeiro (JPPS) cujo tema "Comunicação Popular e Anti-hegemônica e Políticas Públicas" seria abordado em uma mesa redonda-retangular reunindo alguns nomes (para mim) conhecidos e outros não.
Quantas surpresas me aguardavam!
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Sandra Braconnot é jornalista, consultora, psicodramatista, trainer em Programação Neurolinguistica. (www.sandrabraconnot.com.br e asfloresensinam.blogspot.com)